Skip to main content

Especialidades

Atletas

Atleta de alto rendimento é uma pessoa que pratica esportes em nível competitivo elevado, dedicando-se intensamente a treinamentos sistemáticos e específicos para alcançar desempenho máximo em competições

Esses atletas geralmente possuem características como:

  • Treinamento intensivo: Rotinas de treino frequentes, com alta carga física e técnica, muitas vezes sob orientação de equipes multidisciplinares (treinadores, médicos, nutricionistas).
  • Participação em competições: Envolvimento em eventos competitivos.
  • Dedicação profissional ou de forma amadora.
  • Adaptação fisiológica: O corpo, especialmente o sistema cardiovascular e muscular, apresenta adaptações devido ao treinamento contínuo, como maior capacidade aeróbica ou hipertrofia muscular.

Exemplos incluem maratonistas, jogadores de futebol, nadadores ou lutadores de artes marciais em competições.

A definição pode variar por esporte, mas o foco está na excelência e na competitividade.

A prática de atividade física de alto rendimento exige do corpo humano um desempenho excepcional, especialmente do sistema cardiovascular, que é responsável por fornecer oxigênio e nutrientes aos músculos durante esforços intensos.

A avaliação cardiológica desempenha um papel crucial na garantia da segurança e da performance de atletas, identificando possíveis condições que possam comprometer a saúde ou limitar o rendimento.

Por que a Avaliação Cardiológica é Essencial?

  1. Prevenção de Riscos Cardíacos: Atletas de alto rendimento submetem o coração a sobrecargas significativas. Exames como eletrocardiograma (ECG), ecocardiograma e teste ergométrico ajudam a detectar alterações como arritmias, hipertrofia miocárdica ou outras cardiopatias que podem ser assintomáticas, mas potencialmente graves.
  2. Detecção de Condições Silenciosas: Algumas doenças cardiovasculares, como a cardiomiopatia hipertrófica, podem não apresentar sintomas em repouso, mas se manifestar durante o exercício intenso, aumentando o risco de eventos como morte súbita. A avaliação precoce pode identificar essas condições.
  3. Monitoramento Contínuo: Atletas de alto rendimento devem realizar avaliações periódicas, já que o treinamento intenso pode induzir adaptações cardíacas fisiológicas (como o “coração de atleta”) ou, em casos raros, alterações patológicas. O acompanhamento regular diferencia essas condições.

Principais Exames na Avaliação Cardiológica

  • Eletrocardiograma (ECG): Avalia a atividade elétrica do coração, identificando arritmias ou sinais de isquemia.
  • Ecocardiograma: Examina a estrutura e função do coração, como espessura das paredes e funcionamento das válvulas.
  • Teste Ergométrico: Avalia o comportamento cardiovascular sob esforço, verificando a resposta do coração a cargas intensas.
  • Ressonância Magnética Cardíaca: Usada em casos específicos para detalhar anomalias estruturais.
  • Holter 24h: Monitora o ritmo cardíaco durante um período prolongado, útil para detectar arritmias intermitentes.

Benefícios para o Atleta
A avaliação cardiológica regular não apenas protege a saúde, mas também contribui para a longevidade na carreira esportiva. Identificar e tratar precocemente qualquer anormalidade permite ajustes no treinamento, redução de riscos e melhoria da performance. Além disso, proporciona tranquilidade ao atleta, que pode se dedicar ao esporte com confiança.

Conclusão
A avaliação cardiológica é um pilar fundamental para atletas de alto rendimento, garantindo segurança, saúde e desempenho otimizado. Investir em exames regulares é uma medida preventiva indispensável, que pode salvar vidas e assegurar que o esporte de alto nível seja praticado com responsabilidade e cuidado.

Cardiopatia Isquêmica

Causas e Fatores de Risco
A principal causa da cardiopatia isquêmica é a aterosclerose, processo em que placas de gordura, colesterol e outras substâncias se acumulam nas paredes das artérias coronárias, reduzindo seu calibre. Outros fatores que contribuem incluem:

  • Fatores de risco modificáveis:
  • Fatores de risco não modificáveis:

Manifestações Clínicas
A cardiopatia isquêmica pode se apresentar de diferentes formas, dependendo da gravidade da obstrução coronariana:

  1. Angina de peito: Dor torácica, geralmente descrita como aperto ou queimação, desencadeada por esforço físico ou estresse emocional. Pode ser estável (previsível) ou instável (mais grave e imprevisível).
  2. Infarto agudo do miocárdio: Ocorre quando uma artéria coronária é completamente obstruída, levando à morte de parte do músculo cardíaco. Sintomas incluem dor torácica intensa, sudorese, náusea e falta de ar.
  3. Isquemia silenciosa: Redução do fluxo sanguíneo sem sintomas perceptíveis, comum em diabéticos ou idosos, mas igualmente perigosa.
  4. Insuficiência cardíaca: Resultado de danos cumulativos ao coração, reduzindo sua capacidade de bombear sangue adequadamente.

Diagnóstico
O diagnóstico da cardiopatia isquêmica envolve uma combinação de avaliação clínica e exames complementares, como:

  • Eletrocardiograma (ECG): Detecta alterações no ritmo ou sinais de isquemia.
  • Teste de esforço: Avalia o comportamento do coração sob estresse físico.
  • Ecocardiograma: Examina a função cardíaca e possíveis áreas danificadas.
  • Cintilografia miocárdica: Identifica regiões com fluxo sanguíneo reduzido.
  • Cateterismo cardíaco: Visualiza diretamente as artérias coronárias, confirmando obstruções.

Tratamento
O tratamento da cardiopatia isquêmica visa aliviar sintomas, prevenir complicações e melhorar a qualidade de vida. As abordagens incluem:

  • Mudanças no estilo de vida
  • Medicações
  • Procedimentos invasivos não

Check-up Cardiológico Preventivo

O check-up cardiológico preventivo é uma avaliação médica voltada para identificar fatores de risco cardiovascular antes que eles causem doenças.

Com frequência problemas cardíacos evoluem de forma silenciosa por anos e o check-up é a melhor forma de antecipar o diagnóstico e prevenir complicações graves.

Quem deve fazer o check-up do coração?
Embora qualquer pessoa possa se beneficiar do acompanhamento cardiológico, o check-up é especialmente indicado para:

  • Homens a partir dos 40 anos e mulheres a partir dos 50 (ou antes, se houver fatores de risco)
  • Pessoas com histórico familiar de doenças cardíacas precoces
  • Pacientes com hipertensão, diabetes ou colesterol alto
  • Fumantes e ex-fumantes
  • Pessoas sedentárias ou com sobrepeso/obesidade
  • Indivíduos que passarão por cirurgia ou iniciarão atividade física intensa

O que é avaliado no check-up cardiológico?
O check-up é personalizado conforme o perfil e histórico de cada paciente, mas geralmente inclui:

  • Consulta clínica detalhada
  • Eletrocardiograma (ECG): Para avaliação do ritmo cardíaco e sinais de sobrecarga
  • Ecocardiograma: Exame de imagem que avalia a anatomia e a função do coração
  • Teste ergométrico ou teste de esforço: Avalia a resposta do coração ao esforço físico
  • Exames laboratoriais: Perfil lipídico, glicemia, função renal, hormônios, etc.
  • Avaliação do risco cardiovascular global: Com base em escores clínicos e exames complementares

Benefícios do check-up cardíaco

  • Identifica doenças ainda sem sintomas
  • Orienta mudanças no estilo de vida
  • Permite intervenções precoces e mais eficazes
  • Reduz o risco de eventos cardiovasculares graves
  • Proporciona mais segurança para praticar exercícios físicos ou realizar cirurgias

Prevenir é sempre o melhor caminho
Cuidar do coração antes que apareçam os sintomas é a chave para uma vida longa, saudável e com qualidade.

Dislipidemia

A dislipidemia é uma condição caracterizada por alterações nos níveis de lipídios no sangue, incluindo colesterol total, lipoproteínas de baixa densidade (LDL, conhecido como “colesterol ruim”), lipoproteínas de alta densidade (HDL, ou “colesterol bom”) e triglicerídeos.

Essas alterações são importantes fatores de risco para doenças cardiovasculares ateroscleróticas, como infarto do miocárdio e acidente vascular cerebral (AVC), sendo responsáveis por significativa morbimortalidade global.

Epidemiologia e Fatores de Risco
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a dislipidemia afeta milhões de pessoas em todo o mundo, com prevalência crescente devido a fatores como dieta inadequada, sedentarismo e obesidade. No Brasil, estima-se que cerca de 40% da população adulta apresente algum grau de dislipidemia. Os principais fatores de risco incluem:

  • Genéticos.
  • Ambientais:
  • Comorbidades: Diabetes mellitus, hipotireoidismo, síndrome metabólica e doenças renais ou hepáticas.
  • Medicamentos: Uso de corticosteroides, diuréticos ou betabloqueadores.

Fisiopatologia
A dislipidemia ocorre devido a um desequilíbrio no metabolismo lipídico, que pode ser primário (genético, como na hipercolesterolemia familiar) ou secundário (associado a outras condições ou hábitos).

O excesso de LDL promove a formação de placas ateroscleróticas nas artérias, enquanto níveis baixos de HDL reduzem a capacidade de remoção de colesterol dos tecidos. Triglicerídeos elevados, frequentemente associados à obesidade e resistência à insulina, também aumentam o risco cardiovascular.

Manifestações Clínicas
A dislipidemia é geralmente assintomática, sendo diagnosticada por exames laboratoriais.

Em casos graves, como na hipertrigliceridemia severa, podem surgir xantomas (depósitos de gordura na pele), xantelasmas (placas amareladas nas pálpebras) ou pancreatite aguda.

As principais complicações decorrem da aterosclerose, que pode levar a angina, infarto, AVC ou doença arterial periférica.

Diagnóstico
O diagnóstico é baseado no lipidograma, um exame de sangue que mede colesterol total, LDL, HDL e triglicerídeos. Os valores de referência, conforme diretrizes da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), variam conforme o risco cardiovascular do paciente:

  • LDL-C: < 100 mg/dL para pacientes de alto risco; < 130 mg/dL para risco moderado.
  • HDL-C: > 40 mg/dL (homens) e > 50 mg/dL (mulheres) são considerados protetores.
  • Triglicerídeos: < 150 mg/dL. O risco cardiovascular é avaliado por ferramentas como o escore de Framingham, considerando idade, sexo, pressão arterial, tabagismo e diabetes.

Tratamento
O manejo da dislipidemia visa reduzir o risco cardiovascular e inclui:

  • Medidas não farmacológicas:
  • Terapia farmacológica:
  • Monitoramento: Acompanhamento regular com lipidogramas para avaliar a eficácia do tratamento e ajustar doses, além de monitorar efeitos adversos, como miopatia por estatinas.

Prevenção e Prognóstico
A prevenção envolve a promoção de um estilo de vida saudável desde a infância, incluindo dieta equilibrada e atividade física regular. O controle de comorbidades, como diabetes e hipertensão, é essencial.

Com diagnóstico precoce e tratamento adequado, o risco de eventos cardiovasculares pode ser significativamente reduzido, melhorando a qualidade de vida e a expectativa de vida do paciente.

Doença Arterial Coronariana

A doença arterial coronariana (DAC) é uma das principais causas de morte no mundo. Ela ocorre quando as artérias que irrigam o coração se estreitam ou se bloqueiam devido ao acúmulo de placas de gordura (aterosclerose). Isso reduz o fluxo de sangue e oxigênio ao músculo cardíaco, podendo causar angina (dor no peito), infarto agudo do miocárdio ou até morte súbita.

O grande desafio da DAC é que ela costuma evoluir de forma silenciosa. Muitas pessoas só descobrem que têm o problema após um evento agudo, como um infarto. Por isso, a prevenção é essencial.

Entre os principais fatores de risco estão:

  • Hipertensão arterial
  • História Familiar
  • Colesterol elevado
  • Diabetes
  • Tabagismo
  • Obesidade
  • Estresse e sedentarismo

A maioria desses fatores é prevenível ou controlável. A prevenção é a chave para reduzir o risco e preservar a saúde cardiovascular.

Cuidar do coração é um investimento em qualidade de vida. Com pequenas mudanças de hábito e atenção aos fatores de risco, é possível evitar complicações graves e garantir mais saúde e longevidade.

Hipertensão Arterial (HAS)

A hipertensão arterial sistêmica (HAS), comumente referida como pressão alta, é uma condição crônica definida pela elevação sustentada da pressão arterial (PA) nas artérias.

A PA é determinada pelo débito cardíaco e pela resistência vascular periférica, sendo regulada por mecanismos complexos envolvendo os sistemas nervoso, endócrino e renal.

A HAS é classificada em primária (essencial), que representa cerca de 90-95% dos casos e está associada a fatores genéticos e ambientais, e secundária, decorrente de causas específicas como doenças renais, endócrinas ou vasculares.

Epidemiologia e Fatores de Risco
A hipertensão é uma das principais causas de morbimortalidade cardiovascular global, afetando aproximadamente 1,28 bilhão de pessoas, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). No Brasil, estima-se que cerca de 30% da população adulta seja hipertensa, com prevalência crescente em idosos. Fatores de risco incluem:

  • Genéticos: Predisposição familiar.
  • Ambientais: Dieta rica em sódio, obesidade, sedentarismo, consumo excessivo de álcool, tabagismo e estresse crônico.
  • Comorbidades: Diabetes mellitus, dislipidemia e doenças renais crônicas.

Fisiopatologia
A HAS resulta de um desequilíbrio na regulação da pressão arterial, frequentemente envolvendo disfunção endotelial, ativação do sistema renina-angiotensina-aldosterona (SRAA) e hiperatividade simpática. Esses mecanismos levam ao aumento da resistência vascular periférica e à retenção de sódio e água, elevando a pressão arterial.

Manifestações Clínicas
A hipertensão é frequentemente assintomática, sendo uma “doença silenciosa”.

Complicações crônicas como lesão de órgãos-alvo (coração, rins, cérebro, olhos) são comuns em casos não controlados, resultando em insuficiência cardíaca, acidente vascular cerebral (AVC), insuficiência renal ou retinopatia hipertensiva.

Diagnóstico e Tratamento
O diagnóstico é confirmado por medições repetidas da PA, utilizando esfigmomanômetro ou monitoramento ambulatorial da pressão arterial (MAPA). O tratamento visa reduzir a PA e prevenir danos aos órgãos-alvo, combinando:

  • Medidas não farmacológicas:
  • Terapia medicamentosa: tarde
  • Monitoramento: Acompanhamento regular para avaliar a eficácia do tratamento e detectar lesões de órgãos-alvo.

Prevenção e Prognóstico
O diagnóstico precoce e o manejo adequado são cruciais para reduzir o risco de eventos cardiovasculares graves, como infarto do miocárdio e AVC. A adesão ao tratamento e consultas regulares são fundamentais para um prognóstico favorável.

Insuficiência Cardíaca

A insuficiência cardíaca é uma condição em que o coração não consegue bombear sangue de forma eficiente para atender às necessidades do corpo.

Isso pode ocorrer por enfraquecimento do músculo cardíaco, rigidez das câmaras cardíacas ou falhas no enchimento ou esvaziamento do coração.

Trata-se de uma das doenças cardíacas mais comuns e é uma das principais causas de internação em pessoas com mais de 60 anos.

Causas da insuficiência cardíaca
A insuficiência cardíaca não é uma doença única, mas sim uma síndrome que pode ter várias causas:

  • Hipertensão arterial mal controlada
  • Infarto do miocárdio (IAM)
  • Doença das válvulas cardíacas (valvopatias)
  • Miocardiopatias (genéticas ou adquiridas)
  • Arritmias cardíacas
  • Doença de Chagas (em áreas endêmicas)
  • Abuso de álcool ou drogas
  • Miocardite (inflamação do músculo cardíaco)

Principais sintomas
Os sintomas surgem quando o coração não consegue mais manter o fluxo adequado de sangue, provocando:

  • Falta de ar (dispneia), principalmente ao deitar ou durante esforços
  • Cansaço excessivo
  • Inchaço nas pernas, tornozelos e pés
  • Ganho de peso rápido (retenção de líquidos)
  • Tosse ou chiado no peito
  • Dificuldade para dormir devido à falta de ar

Como é feito o diagnóstico?
O diagnóstico é clínico, complementado por exames como:

  • Eletrocardiograma (ECG)
  • Ecocardiograma (ultrassom do coração) — essencial para avaliar a função de bombeamento
  • Exames laboratoriais
  • Teste ergométrico ou ressonância cardíaca (em casos selecionados)

Tratamento
O tratamento depende da causa, do grau de comprometimento e dos sintomas, mas geralmente inclui:

  • Medicamentos (IECA, betabloqueadores, diuréticos, antagonistas da aldosterona, entre outros)
  • Controle rigoroso da pressão arterial, glicemia e colesterol
  • Mudanças no estilo de vida:
  • Dispositivos cardíacos: como marcapasso especial ou desfibrilador implantável (CDI), quando indicado
  • Transplante cardíaco: nos casos mais graves e refratários

Qualidade de vida é possível
Com o diagnóstico precoce e o tratamento adequado, é possível melhorar significativamente os sintomas, reduzir hospitalizações e aumentar a sobrevida.

O acompanhamento com cardiologista é essencial para ajustar o tratamento e monitorar a evolução da doença.

Miocardiopatia

A miocardiopatia é um grupo de doenças que afetam diretamente o músculo cardíaco (miocárdio), prejudicando a capacidade do coração de bombear sangue de forma eficiente para o corpo.

Pode ocorrer por causas genéticas, infecciosas, autoimunes, tóxicas ou idiopáticas (sem causa identificável).

Existem diferentes tipos de miocardiopatia, cada uma com características e riscos específicos.

Tipos mais comuns de miocardiopatia:

  • Miocardiopatia dilatada
    É a forma mais frequente. O coração, especialmente o ventrículo esquerdo, se dilata e perde força contrátil, podendo levar à insuficiência cardíaca. Pode ser causada por infecções virais, álcool, medicamentos, ou de forma genética.
  • Miocardiopatia hipertrófica
    Caracteriza-se por espessamento anormal do músculo cardíaco, geralmente do septo ventricular. É comumente hereditária e pode causar arritmias, desmaios e, em casos graves, até morte súbita, especialmente em jovens atletas.
  • Miocardiopatia restritiva
    Menos comum. O miocárdio se torna rígido, dificultando o enchimento adequado do coração. Pode estar associada a doenças como amiloidose, sarcoidose ou fibrose endomiocárdica.

Principais sintomas

  • Falta de ar (dispneia)
  • Fadiga excessiva
  • Inchaço nas pernas
  • Palpitações
  • Tonturas ou desmaios
  • Dor no peito (em alguns casos)

Diagnóstico
O diagnóstico é feito com base na história clínica, exame físico e exames complementares como:

  • Eletrocardiograma (ECG)
  • Ecocardiograma (ultrassom do coração)
  • Ressonância magnética cardíaca
  • Testes genéticos (em casos hereditários)
  • Cateterismo (em casos selecionados)

Tratamento
O tratamento varia conforme o tipo e gravidade da miocardiopatia, e pode incluir:

  • Uso de medicamentos
  • Mudanças no estilo de vida
  • Controle rigoroso da pressão, diabetes e colesterol
  • Implante de dispositivos como desfibrilador (CDI) ou ressincronizador cardíaco
  • Em casos graves, transplante cardíaco

Acompanhamento é fundamental
A miocardiopatia, quando diagnosticada precocemente e acompanhada de forma adequada, pode ter sua progressão controlada, com melhora significativa na qualidade de vida do paciente.

Pericardites e Miocardites

As pericardites e miocardites são condições inflamatórias que acometem diferentes partes do coração.

Embora tenham causas, sintomas e tratamentos distintos, ambas podem surgir após infecções virais, doenças autoimunes ou em resposta a medicamentos, e devem ser avaliadas com atenção por um cardiologista.

O que é Pericardite?
A pericardite é a inflamação do pericárdio, a membrana que envolve o coração. Ela pode ser aguda (início súbito) ou crônica (persistente por mais de 3 meses).

Causas comuns:

  • Infecções virais (como enterovírus, influenza, COVID-19)
  • Doenças autoimunes (lúpus, artrite reumatoide)
  • Complicações pós-infarto (síndrome de Dressler)
  • Câncer ou radiação torácica
  • Reações a medicamentos

Sintomas:

  • Dor no peito (intensa, que piora ao deitar e alivia ao sentar)
  • Febre
  • Cansaço
  • Palpitações
  • Em alguns casos, acúmulo de líquido ao redor do coração (derrame pericárdico)

O que é Miocardite?
A miocardite é a inflamação do miocárdio, o músculo cardíaco responsável pelas contrações que bombeiam o sangue.

Causas comuns:

  • Infecções virais (vírus coxsackie, adenovírus, citomegalovírus, COVID-19)
  • Doenças autoimunes
  • Toxinas (álcool, drogas ilícitas)
  • Reações a medicamentos
  • Condições inflamatórias sistêmicas

Sintomas:

  • Falta de ar
  • Cansaço progressivo
  • Dor no peito
  • Palpitações ou arritmias
  • Tonturas ou desmaios
  • Sinais de insuficiência cardíaca em casos graves

Como é feito o diagnóstico?
O diagnóstico pode incluir:

  • Eletrocardiograma (ECG)
  • Ecocardiograma (ultrassom do coração)
  • Exames laboratoriais com marcadores de inflamação e enzimas cardíacas
  • Ressonância magnética cardíaca (muito útil na miocardite)
  • Em alguns casos, biópsia do miocárdio

Tratamento
O tratamento depende da causa e da gravidade da inflamação:

  • Anti-inflamatórios (AINEs ou corticóides)
  • Repouso físico
  • Medicamentos para controle de dor, arritmias ou insuficiência cardíaca
  • Antibióticos ou antivirais (se houver infecção ativa)
  • Imunossupressores (em casos autoimunes)
  • Monitoramento hospitalar em casos graves

Recuperação e acompanhamento
Muitos casos de pericardite e miocardite são autolimitados, mas requerem acompanhamento rigoroso para evitar complicações como:

  • Tamponamento cardíaco (na pericardite)
  • Insuficiência cardíaca
  • Arritmias graves
  • Miocardiopatia dilatada (após miocardite não tratada)

Quando procurar um cardiologista?
Se você apresenta dor torácica, falta de ar, fadiga incomum ou sinais de inflamação após uma infecção viral, é fundamental procurar avaliação médica.

O diagnóstico precoce e o acompanhamento adequado são essenciais para uma boa recuperação.

Avaliação Pré-Operatória (Risco Cirúrgico)

O check-up cardiológico preventivo é uma avaliação médica voltada para identificar fatores de risco cardiovascular antes que eles causem doenças.

Com frequência problemas cardíacos evoluem de forma silenciosa por anos e o check-up é a melhor forma de antecipar o diagnóstico e prevenir complicações graves.

Quem deve fazer o check-up do coração?
Embora qualquer pessoa possa se beneficiar do acompanhamento cardiológico, o check-up é especialmente indicado para:

  • Homens a partir dos 40 anos e mulheres a partir dos 50 (ou antes, se houver fatores de risco)
  • Pessoas com histórico familiar de doenças cardíacas precoces
  • Pacientes com hipertensão, diabetes ou colesterol alto
  • Fumantes e ex-fumantes
  • Pessoas sedentárias ou com sobrepeso/obesidade
  • Indivíduos que passarão por cirurgia ou iniciarão atividade física intensa

O que é avaliado no check-up cardiológico?
O check-up é personalizado conforme o perfil e histórico de cada paciente, mas geralmente inclui:

  • Consulta clínica detalhada
  • Eletrocardiograma (ECG): Para avaliação do ritmo cardíaco e sinais de sobrecarga
  • Ecocardiograma: Exame de imagem que avalia a anatomia e a função do coração
  • Teste ergométrico ou teste de esforço: Avalia a resposta do coração ao esforço físico
  • Exames laboratoriais: Perfil lipídico, glicemia, função renal, hormônios, etc.
  • Avaliação do risco cardiovascular global: Com base em escores clínicos e exames complementares

Benefícios do check-up cardíaco

  • Identifica doenças ainda sem sintomas
  • Orienta mudanças no estilo de vida
  • Permite intervenções precoces e mais eficazes
  • Reduz o risco de eventos cardiovasculares graves
  • Proporciona mais segurança para praticar exercícios físicos ou realizar cirurgias

Prevenir é sempre o melhor caminho
Cuidar do coração antes que apareçam os sintomas é a chave para uma vida longa, saudável e com qualidade.